Waldir Maranhão (PP-MA) |
Com o
afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) de seu mandato como deputado federal, a
partir desta quinta-feira (5), quem assume o comando da Câmara dos Deputados é
o primeiro vice-presidente da Casa, o parlamentar Waldir Maranhão (PP-MA).
O ministro
Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal,
determinou hoje (5) a suspensão de Cunha do exercício do mandato, atendendo a
pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que apresentou denúncia
acusando Cunha de tentar interferir na condução das investigações da Operação
Lava Jato. A decisão é liminar.
Waldir
Maranhão, considerado aliado de Cunha na composição da Mesa Diretora, foi alvo
de holofotes recentemente, após votar contra o prosseguimento do processo de
impeachment de Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados. Isso porque Waldir mudou
de voto em cima da hora e a atitude contrariou a orientação nacional do PP, seu
partido. Devido à atitude, o deputado foi destituído da presidência do
diretório estadual do partido no Maranhão.
Em sua
trajetória política, Waldir Maranhão está em seu terceiro mandato como deputado
federal. Ele também é alvo de inquérito aberto com a Operação Lava Jato da
Policia Federal, que investiga esquema de corrupção, formação de quadrilha e
lavagem de dinheiro com recursos desviados da Petrobras.
O
parlamentar foi citado por Alberto Youssef como um dos deputados do PP beneficiados
por propinas de contratos da Petrobras. Waldir Maranhão é citado, ainda, em
inquéritos que apuram crime de lavagem de dinheiro no esquema investigado pela
Operação Miqueias da Policia Federal, que trata de desvio de recursos de fundos
de pensão e lavagem de dinheiro.
Pendências
Maranhão
também traz no currículo outros questionamentos judiciais e eleitorais. Em
2010, teve rejeitada a prestação de contas referente às eleições para deputado
federal por recebimento de recurso de fonte não identificada. Recorreu da
decisão, mas perdeu, de acordo com informações do Tribunal Regional Eleitoral
do Maranhão (TRE-MA).
Ainda no
TRE-MA, o deputado responde a uma representação movida pelo Ministério Público
Eleitoral por captação ilícita de recursos. O processo corre em sigilo. Já no
Tribunal de Justiça do Maranhão, o agora presidente interino da Câmara responde
a ação civil pública movida pelo Ministério Público Estadual. EBC.
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