Janot
é contra pedido do PSDB para auditar resultado das eleições
O procurador-geral Eleitoral, Rodrigo Janot, enviou hoje
(3) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) parecer contrário ao pedido do PSDB
para auditar o resultado das eleições presidenciais. Segundo o procurador, o
partido “visa promover gravíssimo procedimento de auditoria sem que
exista qualquer elemento concreto que o justifique”.
No
entendimento de Janot, o pedido do PSDB é baseado em especulações de usuários
das redes sociais, sem nenhum indício de fraude. "Não se pode
justificar postura de um partido político do tamanho e da representatividade do
requerente de, em baseando-se unicamente em comentários formulados em redes
sociais, em boatos muitas vezes camuflados pelo anonimato, pretender a
instauração de um procedimento que, a par de não previsto em lei, pode
comprometer a credibilidade do sistema eleitoral deste país. Tal medida é de
uma imprudência a toda prova, dada a real possibilidade de criar uma situação
de instabilidade social e institucional", diz.
O
procurador-geral também ressalta no parecer que medidas de fiscalização,
públicas a todos os partidos, foram disponibilizadas ao PSDB, como cópias dos
boletins de urna, de arquivos eletrônicos, além de acesso aos programas de
totalização dos votos. “Vê-se, pois, a partir de tais exemplos, que o sistema
eleitoral brasileiro, ao qual o partido requerente empresta tão pouca
credibilidade, por conta de boatos postados em redes sociais, pode ser
amplamente acompanhado e fiscalizado, em suas mais diversas fases, pelos
partidos políticos, circunstância que, aliada á ausência de indícios mínimos de
irregularidade apontados pelo requerente impõem o indeferimento do
pleito", entende Janot
No
pedido de auditoria, protocolado na semana passada, o PSDB diz
ter “absoluta confiança” de que o tribunal garantiu a segurança do pleito, mas
pretende tranquilizar eleitores que levantaram, por meio das redes sociais,
dúvidas em relação à lisura da apuração dos votos. O partido solicitou que
o TSE crie uma comissão formada por integrantes dos partidos políticos para fiscalizar
todo o processo eleitoral, desde a captação até a totalização dos votos. O
partido não pede a recontagem dos votos. O pedido deve ser julgado pelo
plenário do TSE esta semana.Agência Brasil
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