Uma operação da Polícia Civil prendeu nesta sexta-feira, dia 22, dez pessoas suspeitas de desviar e furtar R$ 17 milhões em cargas, em Goiás. Entre os presos, está o dono de uma transportadora que, segundo a investigação, orientava caminhoneiros a desviar a carga e comunicar um falso roubo à polícia, e dois agentes prisionais, pai e filho. Segundo a corporação, o grupo atuava em outros quatro estados e no Distrito Federal.
A operação foi batizada de Poison, que quer dizer veneno, e durou cerca de seis meses. De acordo com o delegado Alexandre Bruno Barros, da Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Cargas (Decar), a carga era revendida a comerciantes. “A gente estima que os prejuízos giram em torno de R$ 17 milhões. Os caminhoneiros saíam para fazer a entrega e no meio do caminho iam a locais onde a carga era retirada do veículo. Depois, procuravam a polícia e comunicavam o falso crime”, explicou. Mas roubos reais envolvendo a quadrilha também existiram.
“Em janeiro fizemos um levantamento na Delegacia de Cargas e descobrimos que pelo menos 80 ocorrências estavam ligadas à transportadora que pertence a Sandro. Pedi que meus agentes focassem nessas investigações e então descobrimos que o motorista já saía da transportadora dele com o endereço de um galpão em Bela Vista de Goiás, onde deveria deixar a carga”, completou o delegado.
A ação foi deflagrada nesta madrugada e cumpriu mandados de prisão em Goiânia e Trindade, na Região Metropolitana da capital. Uma pessoa está foragida. Durante o cumprimento dos mandados, a polícia recuperou R$ 700 mil em óleos automotivos, guardados em uma chácara do dono da transportadora. Os presos responderão por roubo, receptação, comunicação falsa de crime e associação criminosa. Goiás Agora.
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