deputado federal Rogério Rosso (PSD-DF). |
Eleito presidente da comissão especial do impeachment na
última semana, o deputado federal Rogério Rosso (PSD-DF), anunciou hoje (19)
que vai se afastar temporariamente do cargo de líder do partido na Câmara. Em
nota, Rosso informou que a função será exercida pelo primeiro vice-líder do
PSD, Paulo Magalhães (BA), até a conclusão dos trabalhos da comissão.
Rosso, que tem declarado ter um posicionamento de isenção
sobre o processo de , explicou que a decisão foi tomada “a fim
de preservar sua imparcialidade e foco absoluto nos trabalhos da
comissão".
O parlamentar tem declarado que pretende marcar reuniões do
colegiado especial em todos os dias das próximas semanas, incluindo segundas e
sextas que, geralmente, não têm atividades legislativas. A intenção dele é
acelerar os trabalhos e tentar concluir um relatório em 30 dias para que o
documento possa ser analisado em plenário.
Rogério Rosso conta com o apoio do presidente da Câmara,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de quem é aliado. Cunha anunciou e está imprimindo
ritmo forte ao processo. Para ele, “quanto mais rápido, melhor para todos”. Na
última sexta-feira, Cunha, inclusive, abriu uma sessão plenária na Casa –
atípica em sextas-feiras – dando início ao prazo de 10 sessões para que Dilma
apresente sua defesa. A estratégia é reforçada pelos partidos de oposição que
firmaram uma espécie de aliança para garantir quórum em todas estas reuniões.
Neste final de semana, Rosso estará concluindo detalhes
sobre o cronograma de atividades da comissão para que os 65 titulares do
colegiado aprovem já na primeira reunião, marcada para 17h da próxima
segunda-feira (21). No mesmo embalo, o relator do processo, deputado Jovair
Arantes (PTB-GO), aproveita o final de semana debruçado sobre as peças do caso.
Assessores de Arantes, também aliado de Cunha,
garantem que o parlamentar não têm um posicionamento definido e explicaram que
os trabalhos estão começando, e que o relator acabou de receber os documentos
relativos ao processo. Arantes disse que não fará declarações até o final da
reunião do dia 21. Agência Brasil.
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