Famílias de vítimas de assassino em série recebem esclarecimentos
A cúpula da segurança pública goiana se reuniu na tarde desta quarta-feira, dia 15, no Palácio das Esmeraldas, com os familiares das mulheres mortas em Goiânia por um suposto assassino em série, após o anúncio da prisão do vigilante Tiago Henrique Gomes da Rocha, de 26 anos, que teria confessado a autoria dos crimes na manhã desta quarta-feira. Policiais civis que integraram a força-tarefa responsável pela investigação dos casos, criada em agosto, também participaram do encontro.
O secretário de Segurança Pública, Joaquim Mesquita, afirmou que foram prestados esclarecimentos sobre a condução das investigações às famílias, compromisso firmado no dia 12 de agosto pelo Governo de Goiás em reunião no próprio Palácio das Esmeraldas. “Naquele dia, a Secretaria de Segurança Pública e a Polícia Civil assumiram o compromisso de prestar as informações tão logo houvesse a conclusão das investigações e foi o que fizemos agora há pouco com todas as equipes policiais que estiveram envolvidas no trabalho da força-tarefa fazendo um relato ao governador e a estes familiares sobre as investigações e os resultados alcançados até este momento”, detalhou.
De acordo com o diretor-geral da Polícia Civil, João Carlos Gorski, o suspeito confessou ter cometido 39 crimes, deste total 16 são de assassinatos de mulheres que já vinham sendo investigados pela força-tarefa. Todos os detalhes, inclusive os nomes das vítimas, serão apresentados à imprensa durante uma entrevista coletiva agendada para esta quinta-feira, dia 16, às 10 horas, na sede da SSP.
ProvasMesquita e Gorski adiantaram que o conjunto de provas obtido até o momento é “robusto”, aliado ao interrogatório realizado na noite desta terça-feira, dia 14. Gorski destacou que as investigações foram exaustivas e intensas e que esta é a primeira vez que a Polícia Civil aponta o suspeito da série de assassinatos contra mulheres à sociedade. “Fizemos inúmeras buscas, diligências e estamos apontando este acusado agora com robustez. Apuramos perto de 150 denúncias anônimas”, acrescentou.
Dois casos que constavam na lista de apuração da força-tarefa foram descartados, a princípio, como sendo de responsabilidade de Tiago: o homicídio de Danielle Garmus e a tentativa de homicídio contra a jovem Daiane Ferreira de Morais. “O detalhamento destes casos vai ser repassado pelas equipes de investigação coordenadas pelos delegados João Gorski e Deusny e certamente tão logo isso seja possível os jornalistas terão as informações com absoluta transparência. O que cabe a mim como secretário de Segurança Pública é dar essa satisfação à sociedade e aos familiares, hipotecar a solidariedade a estas famílias de vítimas e reconhecer publicamente o trabalho do conjunto de policiais civis do Estado de Goiás que sob a liderança competente conseguiu esclarecer num prazo muito rápido, em menos de dois meses, que efetivamente pela sua complexidade de fato não era simples nem fácil de ser esclarecido”, declarou.
Além das mulheres, Tiago teria vitimado oito moradores de rua, alvos de execuções em série na capital em 2013. Gorski admitiu que o vigilante pode ser um psicopata. “Hoje eu entendo que ele é um psicopata que praticou crimes em série. Ele tem um número muito maior de crimes. Ele começou a matar homens, utilizou faca e depois passou pra arma de fogo. De um certo tempo pra cá começou a matar mulheres. Se aproxima de 40 os crimes que ele confessou. Nós tínhamos inúmeras investigações e havia coincidências em alguns casos de moradores de rua, mas só concluindo as investigações que foi possível detalhar todos os crimes que ele praticou. Por enquanto, não temos o perfil de homossexuais como vítimas, mas pode ter havido e estamos analisando os boletins de ocorrência”, completou.
O acusado não revelou qual a motivação para a prática dos assassinatos. A Polícia Civil terá o auxílio de psiquiatras para traçar o perfil psicológico dele. Uma arma apreendida será submetida à perícia, mas as equipes não descartam o uso de outras armas.
Justiça
Para a dona de casa Marlene Bernadete de Sousa, que perdeu a filha de forma violenta, resta agora a esperança por justiça. “É um sentimento de alívio, de que a justiça vai ser feita. Minha filha deixou um filho de sete anos, era uma menina trabalhadora. Essa pessoa é um monstro, simplesmente. Espero que ele fique bastante tempo preso. Marlene é mãe de Bruna Gleycielle de Sousa Gonçalves, de 27 anos, morta no dia 8 de maio. Ela foi assassinada enquanto estava no ponto de ônibus na Avenida T-9, no Setor Bueno. Bruna foi abordada por um homem que estava em uma moto e, após pedir o telefone celular, disparou contra o peito da vítima. Tiago escolhia um mesmo padrão de mulheres, com idade entre 13 e 29 anos. Goiás Agora.
Para a dona de casa Marlene Bernadete de Sousa, que perdeu a filha de forma violenta, resta agora a esperança por justiça. “É um sentimento de alívio, de que a justiça vai ser feita. Minha filha deixou um filho de sete anos, era uma menina trabalhadora. Essa pessoa é um monstro, simplesmente. Espero que ele fique bastante tempo preso. Marlene é mãe de Bruna Gleycielle de Sousa Gonçalves, de 27 anos, morta no dia 8 de maio. Ela foi assassinada enquanto estava no ponto de ônibus na Avenida T-9, no Setor Bueno. Bruna foi abordada por um homem que estava em uma moto e, após pedir o telefone celular, disparou contra o peito da vítima. Tiago escolhia um mesmo padrão de mulheres, com idade entre 13 e 29 anos. Goiás Agora.
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