Polícia Civil elucida chacina do Morro do
Mendanha
Nesta terça-feira, 25, a Polícia Civil de Goiás apresentou
as conclusões das investigações de um dos crimes de maior repercussão em
Goiânia nos últimos anos, a chacina do Morro do Mendanha, ocorrida no último
dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher. A chacina, ocorrida há duas
semanas na capital, vitimou quatro jovens: Sinara Monteiro, de 16 anos; Ana
Kelly Martins Cardoso e Rayane Kelrry, ambas de 15; e Mylleide Morgana, de 19
anos de idade. Dois adolescentes de 17 anos e Paulo Henrique do Carmo, de 21
anos, foram apontados como os autores.
De acordo com as investigações lideradas pelos delegados
Maurício Massabonu Kai, da Delegacia Estadual de Homicídios (DIH) e Douglas
Pedrosa, do Grupo de Investigação de Homicídios de Trindade (DIH), o crime teve
como motivação a disputa entre quadrilhas do tráfico de drogas que atuam,
principalmente, em Trindade (município vizinho de Goiânia). As vítimas
mantinham relações de amizade e de namoro com os traficantes. Dias antes do
crime, um dos suspeitos, o menor S., encontrou no celular de Rayane mensagens
de texto trocadas com policiais militares. Eles, então, concluíram que a garota
seria uma informante da PM e decidiram executá-las.
No dia do crime, o trio combinou de encontrar as garotas em
uma boate localizada na saída de Goiânia para Trindade. De lá, levaram as
quatro vítimas para o Morro do Mendanha. No caminho, S. teria afirmado que ali
era um local onde ficam os delatores. “As meninas perceberam que iriam morrer e
que não poderiam fazer nada”, relata o delegado Maurício Massabonu Kai, adjunto
da DIH. De acordo com o delegado, os alvos iniciais seriam apenas Rayane e
Sinara. Ana Kelly e Mylleide Morgana foram mortas para que não restassem
testemunhas do assassinato. As quatro foram executadas a tiros na madrugada do
dia 8, no Morro do Mendanha. As apurações iniciais que apontavam a participação
das jovens com prostituição foram descartadas durante a investigação. Contudo,
há indícios de que algumas delas seriam usuárias de drogas.
Apreensões
Um dos suspeitos, o adolescente D., foi apreendido no
Entorno do Distrito Federal com a arma que teria sido usada no crime. Ele
confessou a participação, mas apontou o outro adolescente como autor dos
disparos. O suspeito Paulo Henrique foi preso nas imediações de Goiânia. De
acordo com as investigações, o trio fazia parte de uma quadrilha que disputa
espaço para o tráfico de drogas em Trindade. Nos últimos anos, vários crimes
foram praticados entre os membros dos grupos rivais, inclusive outros
homicídios.
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