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Acidentes de trânsito são segunda maior causa de morte em Goiás
Levantamento realizado pelo Observatório de Mobilidade e Saúde do Estado de Goiás (OMSH) aponta acidentes de trânsito como a segunda maior causa de óbitos registrados no Estado. Pelo estudo, recém-divulgado, Goiás mostra índices sete vezes acima do nível de tolerância preconizado pela Organização das Nações Unidas (ONU) quanto à taxa de mortalidade por 10 mil veículos e também apresenta patamares maiores do que a média brasileira.
Em Goiás, são 29,9 mortes por 100 mil habitantes ou 7,4 mortes por 10 mil veículos, enquanto que no Brasil os dados são de 20,1 mortes para cada 100 mil ou 6,2 óbitos para cada 10 mil veículos. Lidera o ranking óbitos por doenças do aparelho circulatório e, em terceiro, neoplasias.
De acordo com a coordenadora de Vigilância Epidemiológica de Violência e Acidentes da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), Maria de Fátima Rodrigues, o custo de internação com vítimas de acidente de trânsito chegou a R$ 9.024.652,02 só em 2014. Foram 2.054 óbitos em 2012 e 1.954 em 2013. Esses são os dados mais recentes informados pelo Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde. Os dados de 2013 são preliminares, o que não significa necessariamente uma redução no número de óbitos em relação ao ano anterior, considerando que este dado ainda pode aumentar.
Em Goiás, dez municípios são responsáveis por 64% das mortes. São eles: Uruaçu (50,1 - taxa de mortalidade por acidente de transporte terrestre); Mineiros (46,7); Catalão (43,9); Anápolis (37,5); Caldas Novas (32,2); Aparecida (30,2); Rio Verde (29,8); Goiânia (29,4); Luziânia (26,9) e Itumbiara (22,9). Uruaçu tem a avaliação mais preocupante porque é cortada por várias rodovias, como as GOs 060 e 040 e BR-153 (conhecida como Belém – Brasília).
Os dez municípios foram eleitos no estudo como os mais perigosos no trânsito. O Observatório criado em 2012 já mapeou, contudo, outras 12 cidades (Cristalina, Ipameri, Jaraguá, Morrinhos, Jataí, Itumbiara, Formosa, Goianésia, Niquelândia, Inhumas, Valparaíso de Goiás e Águas Lindas) cujos dados estão sendo destrinchados.
OBSERVATÓRIO
Para diminuir essa marca e obedecer recomendações do “Relatório Mundial da (OMS) sobre Prevenção e Ferimentos no Trânsito” (2009), na esteira da “Década Mundial de Ações para a Segurança Viária da Organização das Nações Unidas (ONU)”, Goiás instituiu em 2012 o Observatório de Mobilidade e Saúde Humanas do Estado de Goiás (OMSH).
Para Fátima, o próximo passo será identificar quais são os fatores de risco específicos que provocam acidentes em cada um dos municípios – um estudo que vai além do excesso de velocidade associação ao álcool e direção.
O objetivo do Observatório é criar um espaço colegiado de órgãos do governo e entidades da sociedade civil para contribuir na redução de lesões e óbitos por acidentes de trânsito.
Para atuar junto aos caminhoneiros que passam pelas rodovias goianas, o Observatório também realiza, desde 2014, o Projeto Saúde e Segurança na Estrada. Nas dez edições já realizadas, 1.178 caminhoneiros foram abordados. Todo o trabalho é executado em parceria com o Batalhão Rodoviário da Polícia Militar.
Pelo projeto, os motoristas têm acesso a teste de glicemia, aferição da pressão arterial, avaliação do Índice de Massa Corporal (IMC), orientação nutricional, prevenção de DST/Aids e teste de acuidade visual. “Já observamos resultados positivos. Muitos informaram já terem sido atendidos em outras operações e, quando descobriram ser hipertensos ou diabéticos, procuraram tratamento”, diz Fátima.
QUALIFICAÇÃO
Para formar profissionais aptos a pesquisar dados e fomentar pesquisas em busca de uma maior harmonia no trânsito, o OMSH capacitou, entre 2012 e 2014, 1.070 profissionais das áreas da saúde, trânsito, educação, meio ambiente, polícias, academia, lideranças locais dos municípios prioritários e outras entidades relacionadas com a temática da mobilidade e segurança viária.



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